TEORIA DA LITERATURA: A NARRATIVA


Analise os tópicos a seguir:

 

I- Proposição

II- Invocação

III- Dedicatória

IV- Descrição

V- Remate, epílogo ou desfecho.

 

São partes que compõe a epopéia:


I, III, IV, V.


I, II, III, IV.


II, III, IV, V.


I, II, III, V.


I, II, IV, V.

Sobre as características dos três irmãos, do conto O tesouro, faça a relação correta:

 

(1) Guanes

(2) Rostabal

(3) Rui

 

(    ) Alto, cabelo longo, barbudo, olhos raiados, forte, destro/hábil, bravio, ignorante, influenciável, cruel, o mais velho dos de medranhos.

(    ) Leve, pele negra, pescoço de grou, viciado no jogo, bêbado, bravio, desconfiado, bruto, ganancioso, doente, calculistas, sem escrúpulos.

(    ) Gordo, ruivo, avisado, irónico , manipulador/persuasivo, bravio, ardiloso, ganancioso, sonhador.

 

A sequência correta é:


2 3 1


2 1 3


3 2 1


1 2 3


1 3 2

Com base na leitura do capítulo O gênero romance na perspectiva da cosmovisão carnavalesca, analise as afirmações que seguem:

 

I- A Crítica Literária, ao investigar as representações da memória na narrativa ficcional, contribui para a compreensão do processo de expressão da identidade pessoal e social (isto é, do que existe de mais próprio do ‘eu’ de um sujeito), e da desconstrução da subjetividade.

II- Para os estudiosos da literatura, o processo de construção da subjetividade é realizado pela linguagem, na medida em que, na narrativa literária, são tecidas as tensões e contradições do espaço social na voz de um narrador e de personagens.

III- A objetividade na narrativa memorialista se constrói pela relação de um com outros sujeitos.

IV- Na interação entre os personagens, pode-se dizer que vão se construindo relações intersubjetivas e interdiscursivas.

 

São CORRETAS as afirmações contidas apenas em:


I, IV.


II, IV.


I, II.


III, IV.


I, III.

O conto “O tesouro” é enriquecido com uma simbologia que passa para o leitor, não-amador, aspectos do caráter psicológico da alma humana. Detalhes desses símbolos tornam o espaço na obra macabro e sombrio, subjetivando dois temas: fraternidade familiar versus ambição, na qual esta última revela o poder do egoísmo e suas consequências.

 

Relacione as palavras a seguir ao significado simbólico que apresentam na obra:

 

( 1 ) VINHO

( 2 ) CORVO

( 3 ) PLUMA

( 4 ) RUIVO

( 5 ) MÚSICA FÚNEBRE

 

(   ) A música cantada por Guanes em sua partida e em sua chegada representa luto e preconizava má intenção.

(   ) É representada na simbologia como um canal que faz com que as orações subam até o céu. No conto, ela aparece por duas vezes, sendo que, na última, aparece quebrada, cortando a possibilidade dessa comunicação. Após o assassinato de Guanes, este elemento de Rostabal é citado como quebrado e torto.

(   ) Esta figura aparece no conto por mais de uma vez. Segundo a simbologia, representa mau agouro.

(   ) Rui, personagem mais ativo desde o começo até o fim do conto, possui esta característica. Desde as iniciais de seu nome, até suas atitudes, mostram que a simbologia é muito importante na obra. Segundo a simbologia, representa fogo impuro. Segundo alguns estudiosos, Judas Escariotes, personagem bíblico que trai Jesus, também possuía esta característica.

(   ) Segundo a simbologia, representa sangue. Sangue este, derramado por todos os personagens do conto.

Assinale a alternativa correta. 


15432


23514


53241


12345


41253

(Adaptação Enade 2014)

A caminho de casa, entro num botequim da Gávea para tomar um café junto ao balcão. Na realidade estou adiando o momento de escrever. A perspectiva me assusta. Gostaria de estar inspirado, de coroar com êxito mais um ano nesta busca do pitoresco ou do irrisório no cotidiano de cada um. Eu pretendia apenas recolher da vida diária algo de seu disperso conteúdo humano, fruto da convivência, que a faz mais digna de ser vivida. Visava ao circunstancial, ao episódico. Nesta perseguição do acidental, quer num flagrante de esquina, quer nas palavras de uma criança ou num acidente doméstico, torno-me simples espectador e perco a noção do essencial. Sem mais nada para contar, curvo a cabeça e tomo meu café, enquanto o verso do poeta se repete na lembrança: "assim eu quereria o meu último poema". Não sou poeta e estou sem assunto. Lanço então um último olhar fora de mim, onde vivem os assuntos que merecem uma crônica. 

Ao fundo do botequim um casal de pretos acaba de sentar-se, numa das últimas mesas de mármore ao longo da parede de espelhos. A compostura da humildade, na contenção de gestos e palavras, deixa-se acrescentar pela presença de uma negrinha de seus três anos, laço na cabeça, toda arrumadinha no vestido pobre, que se instalou também à mesa: mal ousa balançar as perninhas curtas ou correr os olhos grandes de curiosidade ao redor. Três seres esquivos que compõem em torno à mesa a instituição tradicional da família, célula da sociedade. Vejo, porém, que se preparam para algo mais que matar a fome. 

Passo a observá-los. O pai, depois de contar o dinheiro que discretamente retirou do bolso, aborda o garçom, inclinando-se para trás na cadeira, e aponta no balcão um pedaço de bolo sob a redoma. A mãe limita-se a ficar olhando imóvel, vagamente ansiosa, como se aguardasse a aprovação do garçom. Este ouve, concentrado, o pedido do homem e depois se afasta para atendê-lo. A mulher suspira, olhando para os lados, a reassegurar-se da naturalidade de sua presença ali. A meu lado o garçom encaminha a ordem do freguês. 

O homem atrás do balcão apanha a porção do bolo com a mão, larga-o no pratinho - um bolo simples, amarelo-escuro, apenas uma pequena fatia triangular. (SABINO, Fernando. A última crônica. In: A companheira de viagem. São Paulo: Record, 1998, p.174).

 

A crônica literária é tangenciada pelo recurso da metáfora e, por isso, mantém contatos fronteiriços com a poesia. Nela são utilizados, geralmente, elementos associados à memória, à imaginação e à criação artística.

 

Considere os fragmentos a seguir, retirados da crônica de Fernando Sabino:

 

    I.        “torno-me simples espectador e perco a noção do essencial”.

  II.        “recolher da vida diária algo de seu disperso conteúdo humano.” 

  III.  “Não sou poeta e estou sem assunto”.

  IV. “O homem atrás do balcão apanha a porção do bolo com a mão”

 

Assinale os fragmentos que apresentam marcas da linguagem poética:


I, II e IV.


I, II e III.


I e II.


II e III.


I, III e IV.

Um escritor destaca-se pela produção dos gêneros conto, crônica e romance. A sua produção está relacionada com o gênero:


poético.


épico.


dramático.


narrativo.


lírico.

O professor Fábio R. de Souza Andrade faz a seguinte afirmação sobre o texto "À guisa de prefácio", de "Memórias Sentimentais de João Miramar": "O 'prefácio' de Machado Penumbra é um bom exemplo dessas falsas pistas/instruções de leitura. O estilo em que foi composto é o predominante no ambiente beletrista pré-modernista, contra o qual Oswald se define." A linguagem utilizada no prefácio de "Memórias Sentimentais de João Miramar" é considerada uma falsa pista para a leitura do livro porque:

 


como modernista, a linguagem do prefácio e do livro é totalmente purista, dentro dos padrões pré-estabelecidos pela sociedade burguesa da época.


o autor do prefácio era um membro da Academia Brasileira de Letras, o que explica a maneira pomposa de se expressar.


a linguagem do prefácio não precisa ser a mesma da obra; o prefácio emite uma opinião, que, nesse caso, é mais conservadora.


sendo um texto também escrito por Oswald, o prefácio apresenta-se como uma crítica a estilos que antecederam o modernismo.


uma das exigências do modernismo da primeira fase era que o prefácio apresentasse um elogio grandioso da obra.

Machado de Assis foi considerado pela crítica especializada como o maior escritor brasileiro de todos os tempos. Mulato, neto de escravos, Machado destacou-se como um profundo conhecedor da natureza humana,  geralmente analisada pelo prisma do ceticismo e da ironia. Leia a seguir os parágrafos iniciais do conto “Pai contra mãe”, escrito por Machado de Assis.

 

A escravidão levou consigo ofícios e aparelhos, como terá sucedido a outras instituições sociais. Não cito alguns aparelhos senão por se ligarem a cerco ofício. Um deles era o ferro ao pescoço, outro o ferro ao pé; havia também a máscara de folha-de-flandres. A máscara fazia perder o vício da embriaguez aos escravos, por lhes tapar a boca. Com o vício de beber, perdiam a tentação de furtar, porque geralmente era dos vinténs do senhor que eles tiravam com que matar a sede, e aí ficavam dois pecados extintos, e a sobriedade e a honestidade certas. Era grotesca tal máscara, mas a ordem social e humana nem sempre se alcança sem o grotesco, e alguma vez o cruel. Os funileiros as tinham penduradas, à venda, na porta das lojas. Mas não cuidemos de  máscaras.

O ferro ao pescoço era aplicado aos escravos fujões. Imaginai uma coleira grossa, com a haste grossa também, à direita ou à esquerda, até ao alto da cabeça e fechada atrás com chave. Pesava, naturalmente, mas era menos castigo que sinal. Escravo que fugia assim, onde quer que andasse, mostrava um reincidente, e com pouco era pegado.

Há meio século, os escravos fugiam com freqüência. Eram muitos, e nem todos gostavam da escravidão. Sucedia ocasionalmente apanharem pancada, e nem todos gostavam de apanhar pancada. Grande parte era apenas repreendida; havia alguém de casa que servia de padrinho, e o mesmo dono não era mau; além disso, o sentimento da propriedade moderava a ação, porque dinheiro também dói.

 

Sobre o texto, analise as afirmações que seguem:

 

I.          O vício de beber acabava levando os escravos ao vício de furtar.

II.         A preocupação financeira dos proprietários de escravos acabava aplacando o rigor dos castigos físicos a eles infligidos.

III.        O objetivo principal do ferro ao pescoço não era castigar o escravo, mas antes sinalizá-lo como fujão.

IV.       Sobriedade e honestidade são dois pecados apontados pelo autor.

V.        No período “Um deles era o ferro ao pescoço, outro o ferro ao pé; havia também a máscara de folha-deflandres” o autor utiliza um recurso linguístico conhecido como “enumeração”.

 

São CORRETAS as afirmações contidas em:


I, III, IV, V, apenas.


I, II, III, V, apenas.   


I, II, III, IV, apenas.


II, III, IV, V, apenas.


I, II, IV, V, apenas.

Para responder a esta questão, leia atentamente o fragmento a seguir, retirado do texto “A Última Crônica”, de Fernando Sabino.

 

A caminho de casa, entro num botequim da Gávea para tomar um café junto ao balcão. Na realidade estou adiando o momento de escrever. A perspectiva me assusta. Gostaria de estar inspirado, de coroar com êxito mais um ano nesta busca do pitoresco ou do irrisório no cotidiano de cada um. Eu pretendia apenas recolher da vida diária algo de seu disperso conteúdo humano, fruto da convivência, que a faz mais digna de ser vivida. Visava ao circunstancial, ao episódico. Nesta perseguição do acidental, quer num flagrante de esquina, quer nas palavras de uma criança ou num acidente doméstico, torno-me simples espectador e perco a noção do essencial. Sem mais nada para contar, curvo a cabeça e tomo meu café, enquanto o verso do poeta se repete na lembrança: "assim eu quereria o meu último poema". Não sou poeta e estou sem assunto. Lanço então um último olhar fora de mim, onde vivem os assuntos que merecem uma crônica.  (SABINO, Fernando.  A companheira de viagem. São Paulo: Rocord, 1965)

 

No fragmento reproduzido acima, o autor utiliza a metalinguagem para falar sobre o processo de escrita do gênero crônica. Com base nessas informações e nos conhecimentos que você construiu por meio do roteiro “O gênero crônica e a perspectiva do narrador-repórter no discurso do cotidiano”,  assinale a alternativa que melhor representa qual é a principal característica da crônica no Brasil, no que diz respeito à temática:


a musicalidade dos elementos da natureza


os flashes do cotidiano


lirismo decorrente de aspectos fantásticos


a preocupação com a identidade nacional


a narrativa de fatos históricos

São obras brasileiras contemporâneas que possuem a característica da cosmovisão carnavalesca:


Auto da Compadecida, de Ariano Suassuna; Helena, de Machado de Assis.


Memórias de um Sargento de Milícias, de Manuel Antônio de Almeida; Dom Quixote, de Miguel de Cervantes.


O grande mentecapto, de Fernando Sabino; Dom Quixote, de Miguel de Cervantes.


Dom Casmurro, de Machado de Assis; Singularidades de uma rapariga loura, de Eça de Queirós.


Memórias de um Sargento de Milícias, de Manuel Antônio de Almeida; Auto da compadecida, de Ariano Suassuna.

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